sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Mão no ombro.


Trabalho de motoboy numa distribuidora de autopeças há dois anos desde que ganhei a moto CG 125 Honda do meu pai de aniversário. E é assim que ganho a vida. Trabalho ½ período na empresa na parte da manhã sendo que pela tarde, estou terminando o 3º. Colegial. Naquele final de tarde assim que cheguei em casa, minha mãe pediu – me para ir à padaria. Estacionei a moto na garagem e fui a pé. Comprei o pão e leite, e ao voltar passou um homem de capuz por mim e senti a mão dele tocar meu ombro. Não reconhecia quem era, mesmo assim dei "boa noite". Apesar de cansado, o fato de ele tocar a mão em meu ombro me deixou aliviado.
No dia seguinte fui de moto para o colégio. Perdi a hora, estava atrasado. Chovia e com a moto em alta velocidade, derrapei no asfalto, bati com a cabeça, sentia correr o sangue sobre a vista direita, o capacete partiu -se  na queda. Logo juntaram – se pessoas a minha volta e chegaram os “anjos do asfalto”, que tentou me reanimar, vi tudo. Senti tocar novamente aquela mão que me tocara da outra vez, sobre meu ombro. Me senti aliviado e de repente eu estava de pé. Vi o homem de capuz esgueirando – se entre as pessoas. Perguntei ao senhor que estava ao meu lado:
- Por favor, o senhor conhece aquele homem de capuz?
- Sim, Ele se chama Jesus.

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