quarta-feira, 31 de julho de 2013

Esc. Alerta final.


- Alô, é do planeta Terra? Do jeito que está, morreremos de fome e de sede.
Nasci no planeta Terra, trabalhei na N.A.S.A. muitos anos, quando me deram a missão de encontrar um planeta onde fosse habitável para o ser humano. E encontrei!
Hoje somos muitos, num lugar onde não posso dizer onde é, pois todos iriam “correr para lá”, por ser perto do planeta Terra.
Neste nosso planeta temos água para nossas necessidades básicas e principalmente para irrigar nosso plantio de legumes, frutas, verduras e uma variedade de ervas para um chá ou folhas que serve de unguento para feridas. Doença mesmo, não se ouve falar. Deus é o universo, e é Ele que rege nossas vidas, e a fé que temos não nos faz desistir.
Utilizamos os raios do sol para aquecer nosso habitat.
Com a energia solar carregamos as baterias dos meios de transportes e comunicação. Não temos televisão nem rádio. Representamos peças de teatro com músicas, que muito nos enriquece. Temos como distração, o tablet. Muito útil este acessório, pois é através dele que acessamos a Extranet*, mas usamos pouco, porque como disse, a energia vem dos raios do sol e não podemos dispender esse bem tão precioso. Por isso, acessamos o blog: literaturaparatodos1, para ler as historinhas, da Lúcia Fátima e as dicas de leitura; e assim, quando o trabalho na lavoura me permite, realizo um voo ao planeta Terra, faço empréstimo de livros de algumas bibliotecas e eventualmente, visito alguns museus e monumentos históricos, nosso maior tesouro.
- Pedrinho, desliga esse computador que amanhã cedo, você tem aula – gritou mamãe.
Dei um Esc. Pousei na minha cama para decolar nos meus sonhos porque amanhã, vou ver a Daniela, minha estrela guia.
(*) Nota do autor: Comunicação extra com o planeta Terra ou outros eventuais planetas.

Cenários


 "Luz e ação”
por Lúcia Fátima


Cenários
                                                           


                                                                  <continua>

Ana não era bacana


Brigava com os pais, faltava nas aulas.
O que havia de diferente em Ana, eram seus olhos, sempre buscando... um dia diferente.
Ana vivia de um jeito livre, sem compromisso com nada.
- Vamos ao vegetariano? – dizia ela.
Ana era ela mesma, cheia de atitude.
- A gente podia ir ao Teatro Municipal ver o Ballet Stagium.
Quem não queria uma amizade assim: sair pela rua para andar de bicicleta, correr pelo parque, andar de patins...
- Acho que vou sair do curso de publicidade. Quero ser arquiteta!
E Ana foi fazer o curso de filosofia.
Ela brigou com seus pais naquela manhã. Estava decidida a viajar com seus amigos e os pais não deram permissão.

Eu, não a reconhecia mais, muito menos os seus amigos.
No dia da viagem, ela foi até a minha casa para pegar alguns CDs emprestados.
- Vou viajar para Ubatuba, tchau – ela disse.
E Ana se foi, para não voltar. Ana não era bacana.
Brigava com os pais, faltava nas aulas.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

A pegadinha da tia Nita


 “Essa tia muito engraçada ”.

Na época de escola, todos os anos a gente comprava uma agenda para anotar as matérias, os horários das aulas, alguma reunião de equipe. Cheguei a contar oito agendas no meu armário.
O dia do aniversário dos amigos também era anotado e o meu estava lá: 12 de Dezembro. Convidar: Tio Pedro e a tia Mariquita, os primos, Julinho e Silvinha, Donizete, Carla, tia Nita, esta não poderia faltar. Chegou o dia. Ansiosa por receber os convidados,receber os presentes. Duvido que alguém não espere um presentinho neste dia. E eu esperando ganhar uma agenda. Não sei se é quase virada do ano, ganhar uma agenda seria bom.

Tia Nita chegou com seu presente.
- Deixe adivinhar. É uma agenda? - perguntei.

- Sim - respondeu ela.
Abri o presente e para surpresa, era uma bíblia.
Hoje a bíblia, passou a ser a minha agenda.

EXPOSIÇÃO


"Escuro e explosivo”
por Lúcia Fátima

Cenários 

                                                              <continua> 

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Meu pai, um camelô.


Em memória
Esta história eu já contei, pra meia dúzia de pessoas,
e quem não acreditar, por favor, que conte outras”.

Centro da cidade de São Paulo, no Viaduto do Chá. Naquele tempo era comum que pessoas ganhassem a vida vendendo coisas, não muito diferente dos dias de hoje. Camelô, uma atividade comum na época. Alguns vendiam espelhinhos, pentes, brilhantina para o cabelo, graxa para sapatos. Meu pai vendia balas carameladas, outros vendiam maçãs do amor. Dentre muitos brasileiros que faziam o país na época, destacava - se um rapaz que já fazia sucesso. Seu nome: Sílvio Santos.  Meu pai contava que o povo se aglomerava em volta dele. Ele vendia barbatanas para camisa, também vendia canetas. A maneira especial de vender chamava a atenção. “- Ele pegava um pedaço de papelão, e com a caneta desenhava um alvo, atirava a caneta e saia com a caneta escrevendo, mostrando o quanto era boa” – contou meu pai.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Bola e o cano


"Uma relação estável”.
por Lúcia Fátima

Bolas, ora bolas! 

<continua>

A gravata do meu avô


Capítulo 1 – A gravata
Havia uma gravata dependurada no guarda-roupa do meu pai. Seu estado era velha e rasgada. Com o tempo despertou a curiosidade de perguntar para meu pai por que nunca usou aquela gravata.
- Porque essa gravata não é minha e sim do seu falecido avô – disse. Então meu pai contou - me a seguinte história...
Capítulo 2 – O cordão da sorte
Meu avô pegava o bonde no bairro onde morava para descer próximo ao mercado municipal. Tinha que descer com o bonde andando, pois não havia parada ali para descer. E descia sobre o trilho do bonde. Meu avô não era tão supersticioso, mas carregava no bolso do paletó um cordão que lhe dava sorte. O detalhe deste cordão é que quando estivesse em seu poder, não poderia olhar para trás, de jeito nenhum: “olhar sempre para frente, nunca para trás”, era esta a superstição. E assim era a vida do vovô todos os dias, contou meu pai.
Capítulo 3 – A sorte do vovô
Naquele dia, vovô como de costume, viveu a rotina de pegar o bonde e descer no mercado com o bonde andando. Imagine a sensação de descer com um bonde em movimento, lógico que numa velocidade devagar quase parando; parecia divertido.
Saiu de casa às pressas naquele dia; sentiu que faltava algo. Pegou o bonde e antes de descer sobre os trilhos, colocou a mão no bolso do paletó e sentiu a falta do seu cordão da sorte.
Final da história
Bem, vovô podia ter olhado para trás naquele dia. Vinha vindo outro bonde em direção contrária. Poderia ter olhado para trás e salvado sua vida. Não olhou, achando que seu cordão estivesse no bolso do seu paletó. Foi atropelado nos trilhos, próximo ao mercado municipal. A gravata guardada de lembrança era velha sim, mas não estava rasgada. Era a marca do trilho do bonde.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Vovó e o fotógrafo


Dedicatória
"À minha querida vovó"
 Naquela manhã, vovô já tinha saído para trabalhar. Vovó como de costume, fazia o serviço da casa quando ouviu tocar a campainha.
- Seria a Sabesp? - pensou ela.
Olhou da sacada e reconheceu seu vizinho, o fotógrafo.
Convidou para que entrasse.
- Aceita um cafezinho?
- Sim - disse ele.
E começaram a falar sobre o bairro da Vila Romana.
- Como mudou! - disse vovó. E lamentou a demolição da famosa fábrica de bolachas do bairro.
-Vou sentir saudades!
Então, o fotógrafo foi até a janela e para a vovó se lembrar, tirou uma foto do que restou da velha fábrica de bolachas.

Bola animada

 

"Presa, mas alegre”.
por Lúcia Fátima

Bolas, ora bolas! 




<continua>

sábado, 6 de julho de 2013

EXPOSIÇÃO


Bola pula-pula
"Sonhadora e feminina”.
por Lúcia Fátima

Bolas, ora bolas! Animação feita no Telecentro da Biblioteca Pública Mário Schenberg – São Paulo – 2.011.
                                                                Continua>