quinta-feira, 19 de setembro de 2013

“Constance Hortifruti”


Jaqueline levantou – se, tomou seu café e saiu para cavalgar naquela manhã de sol. Estava bom para isso. O calor fez com que ela descesse do cavalo para tomar um pouco de água do riacho quando sua vista escureceu. Jaqueline desmaiou ali mesmo.
Passava um rapaz do M.T.L. (movimento terra livre), que haviam invadido a fazenda de seu pai, avistou o corpo estendido à beira do riacho, viu que era o corpo de uma moça e que havia levado um tiro. Logo colocou – a no selim do cavalo de Jaqueline, mesmo porque, ele estava a pé. Foi direto para o acampamento, mas nada puderam fazer a não ser leva - la ao hospital.
Debandaram imediatamente da fazenda, o mais rápido possível, pois o fato de certo recairiam sobre eles, os do movimento terra livre. Inclusive para eles, Jaqueline já estava morta.
Com o sumiço de Jaqueline, que não tinha nem 6 horas, seu pai colocou os capatazes da fazenda para procura – la.
Dois dias se passaram e descobriram Jaqueline no hospital da região. Encontrava - se inconsciente, mas seu estado era estável.
Exames foram feitos e até Jaqueline não voltar a seu estado consciente, descobriram o calibre da arma, no caso 38, e mais curioso, no seu exame de sangue foi detectado um material parecido com saliva de cachorro.
De fato, Jaqueline nos seus 13 anos, foi atacada por um cachorro, mas por mais que perguntasse a ela, que tipo de cachorro ela havia sido mordida, não soubera responder, ficando o caso de lado. Mesmo assim descobriu possivelmente ser a saliva de um rottwelier, o cão mais violento da região.
O pai de Jaqueline começou a analisar os fatos:
1º. – O único proprietário que andava armado era Antônio da Fazenda Onofre, por coincidência inimigo dele, por querer um pedaço de terra de sua fazenda alegando medidas e cálculos que não tinham fundamento.
2º. – O cachorro, não, os cachorros que Antônio tinha na época eram todos da raça rottweiller.
“Não, não pode ser” – pensou o pai de Jaqueline.
De fato, a única riqueza que o pai de Jaqueline tinha na sua vida, era sua filha. E por mais que doesse em Antônio, que o pedaço de terra de sua fazenda, nunca seria dele, doeria nele perder a filha.
Investigações foram feitas e Antônio foi preso.
Jaqueline saiu do coma, recobrou a consciência. Recebeu uma visita naquele dia mesmo: o rapaz que a socorreu. E muitas visitas, ele fez à fazenda do pai de Jaqueline. Casaram - se. O pai de Jaqueline deu um pedaço de terra da fazenda, aquele mesmo pedaço que Antônio cobiçava. O rapaz plantou verduras e frutas, chamou alguns homens do movimento terra livre para trabalhar em sua terra. O negócio cresceu, e em homenagem a Jaqueline Constance, ele deu o nome ao negócio de “Constance Hortifruti”.

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