Naquela
manhã de sábado, resolvi dar uma ajeitada no meu guarda – roupa,
quando encontrei uma traça dependurada na minha blusa preferida.
Então gritei:
-
Que nojo!
Bem,
mas o que eu quero contar aqui não é sobre a traça encontrada no
meu guarda - roupa, mas o que Ana Júlia me contou o que aconteceu na
tarde de ontem.
Na
biblioteca
Ana
Júlia chegou à biblioteca para devolver o livro que havia
emprestado há quinze dias. Se ela não o devolvesse, levaria uma
multa. São três dias até que a biblioteca empreste outro livro.
Assim
que Ana Júlia chegou à recepção, viu um senhor lendo o jornal,
aberto sobre a mesa. Logo, o que chamou sua atenção, foi o sapato
que ele usava de cor vermelha.
- Deu para ver por
debaixo da mesa, atrás da estante – disse ela.
No dia seguinte, ela foi
buscar o livro para pesquisa da matéria de comunicação social,
quando avistou novamente aquele senhor do sapato vermelho com o mesmo
jornal aberto sobre a mesa.
-
Fernanda, achei tão estranho, que fui lá ver. Parecia que estava
dormindo. Assim que cheguei perto dele estava com os olhos fechados.
Percebi por sobre os óculos. Não se mexia. Esquisito. Tive a idéia
de esbarrar na cadeira. Não é que a cabeça dele tombou por sobre a
mesa e fez o maior barulho: Tum! Levei um susto. Corri pela
biblioteca e chamei o guarda, que verificou que o homem parecia estar
morto, então chamaram o resgate.
Caí
na gargalhada ao ver a cara dela de assustada me contando essa
história, mas em tom de seriedade me disse que o homem tinha morrido
ali mesmo.
Voltando
às traças, bem, vou ter que limpar o meu guarda – roupa.
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