A coordenadora pediu –
me que levasse uma jarra de água para os atores que estavam nos
bastidores. O teatro estava lotado e o nome da peça intitulava-se:
“A princesa e o sapo”.
Meu expediente havia
terminado e como em outras vezes, me sentava na plateia para assistir
o espetáculo. Eu já conhecia a estória da princesa que beija o
sapo e ele vira um lindo príncipe, mas relembrar a nossa infância
não deixa a gente ficar velho.
O que não se esperava,
aconteceu. A princesa ao se levantar esbarrou o vestido na vela
acesa, que estava ao lado da almofada, perto do chão. Assim que o
príncipe viu a pequenina chama, saiu todo esbaforido gritando:
FOGO! FOGO!
O bombeiro Tenório,
sempre de prontidão, pegou o extintor colocado numa das saídas da
plateia e apagou a pequena chama.
Ninguém entendeu
porque o príncipe saiu correndo da cena e o bombeiro dando risadas
em cima do palco, mas o que se sabe é que a princesa lascou um beijo
no bombeiro, dizendo:
- Meu príncipe
encantado.
Todos vendo a cena se
puseram de pé e aplaudiram. Não sei se foi um
improviso da atriz, mas acho que a princesa apaixonou – se pelo
bombeiro.
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