terça-feira, 29 de outubro de 2013

Pote do amor


Marquei uma excursão destas de ir e voltar no mesmo dia, perto mesmo de São Paulo, em São Roque. Adoro estas viagens de fim de semana porque o que me atraí são as feiras de artesanato onde tem de tudo: panos de prato pintados, trabalhos de crochê e tricô, quadros pintados a óleo e trabalhos feitos de madeira. Entramos em uma loja muito conhecida, a loja da Dona Matilde. Naquele dia, ela distribuía souvenires aos excursionistas. Pediu para que escolhêssemos um souvenir por conta da loja, só que teríamos que fazer um cadastro. Logo começou a correria dentro da loja. Agarrei um pote decorado no mesmo instante que um rapaz agarrou também. Olhei para ele, mas não o reconheci como sendo da excursão. Puxei minha mão por baixo da dele e dei as costas, chateada por não levar o pote de lembrança. Também não iria brigar com ele por causa disso.

De volta para casa, dois dias se passaram, quando tocou a campainha. Era a entrega dos Correios.
- Não encomendei nada? – disse ao entregador.
Quando olhei o remetente, estava escrito:
Para: Srta. Amanda de Souza
De: Ricardo Godói
De fato era para mim. Abri a caixa e encontrei o pote que tanto queria ter trazido de lembrança da viagem a São Roque.
Vi o telefone da loja da Dona Matilde etiquetada. Liguei, e a atendente explicou que o senhor Ricardo comprou o pote, pois percebeu que eu fiquei chateada de não levar o pote, o único da loja. Mediante o cadastro, pediu que o enviasse. Pedi o telefone do Ricardo para agradecer a gentileza. Liguei e marcamos um encontro e assim outros surgiram. Começamos a namorar. Logo, pretendemos nos casar, e eu realmente diria:

- Este é o pote do amor.

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