Toquei a campainha,
Adriano irmão de Berenice abriu a porta gentilmente naquela tarde.
Do corredor dava para ouvir a sonata que eu tanto gostava: “Sonata
ao Luar” de Beethoven.
A mesa do chá estava
servida. Berenice assentiu com a cabeça para que eu sentasse. Ela
dedilhava a música com desenvoltura, mostrando os anos de dedicação
e estudos ao piano.
Nada mudara desde a
última vez que nos vimos. Talvez as paredes um pouco mais escuras e
os móveis quase sem brilho dava certa sutileza de que o tempo passa.
Olhei para Adriano
sentado à mesa a espera da irmã que acabava de tocar a sonata.
Sorriu – me neste momento com um sorriso acanhado e amarelado do
tempo.

Por fim, estávamos
felizes naquela tarde.
Nada mudou desde os últimos 10 anos. Éramos felizes: eu, Berenice e Adriano.
Nada mudou desde os últimos 10 anos. Éramos felizes: eu, Berenice e Adriano.
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